quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O desejo precoce do poeta

Quando se vai analisar o que o poeta pode sentir nos seus versos podemos supor muitas coisas. Na verdade é inverter o que o poeta quer fazer. Ele como sempre quer desvendar a alma tanto sua, tanto alma alheia. Permitem dizer que é mais alheia a sua procura.
Em outra postagem comentei que o poeta vê através da sua perspectiva a perspectiva do outro, e através do outro que pode enxergar dialogar, ou seja entender o que chamamos de realidade. Contudo o poeta fala de si e do outro,  um conjunto pouco pensado.  Como disse quem lê poesia nem sempre quer analisar como se faz poemas. Como disse anteriormente,  conheci poetas que eram inspirados em seus sentimentos,  como conheci os que observava a realidade externa. Como pintor que pode olhar à realidade externa,  como à realidade interna.
Mas aqui gostaria de comentar à realidade urgente do poeta. O poeta que espera de suas palavras a urgência dos seus desejos. Claro que nem sempre se pede urgência em seus desejos. Mas nos desejos do poeta há sempre reivindicação, então se espera sempre algo no que ele diz, seja ele visível, ou invisível.
Quando se fala daquilo que é posto nas palavras se espera que aquilo que se fala traga algo verdadeiro,  saudável e que transforme a realidade. Portanto quem lê, ou mesmo quem escreve poemas se entende que se traz objetivos semelhantes. A urgência do poeta é expressar e ser compreendido de alguma forma,  mesmo que seja por si próprio.  Me parece ironia mas aqui é colocado a hipótese de que ao se ver no espelho se pode se vê melhor, mesmo que se tenha que fazer isto várias vezes.

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